"Meu Imóvel, Meu Mundo" | Recomendação, Resenha e Reflexão!

Geovanni Machado Estradioto

Recentemente, recebemos o livro “Meu Imóvel, Meu Mundo”, do autor Marcus Araujo, como presente de um cliente com o qual trabalhamos há dois anos em mais de cinco empreendimentos. Até então, confesso que desconhecia livro e autor. Hoje, venho recomendá-los a todos os profissionais envolvidos ou interessados não apenas no mercado imobilíario, mas de todas as áreas da construção civil.

A motivação para tal é, além do puro e simples conteúdo e informações do livro, a seguinte: as provocações de Marcus Araujo, contra o comportamento conservador do mercado imobiliário, podem (e devem) servir de reflexão para construtores e projetistas. A autocrítica é urgente aos que quiserem se manter competitivos nesse mercado.

Ao longo dos dez capítulos originais (há extras nas últimas edições), fazemos uma breve viagem através da história da habitação e comportamentos humanos. Quem já leu “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, de Yuval Noah Harari, certamente identificará alguma influência no capítulo inicial. Mas não se preocupe, pois o autor o faz de maneira leve, interessante e que logo se encaixa com os inúmeros dados e estudos apresentados sobre o cenário recente, atual e futuro do mercado imobiliário.

Através destes dados e projeções a cerca do tamanho das famílias, tamanho das unidades habitacionais ofertadas e procuradas, e análises de fatos históricos e seus reflexos sociais e comportamentais, Marcus Araujo aponta diversos tipos de consumidores e os produtos “ideais” para cada um deles. Isso sem deixar de considerar o impacto da tecnologia, da conectividade e de mudanças de expectativas, crenças e desejos que, conscientemente ou não, norteiam as decisões não só das novas gerações, mas também dos “novos idosos”.

Nas edições mais recentes (a partir da quarta), ele traz considerações a respeito de como suas “previsões” se confirmam e se adaptam no cenário durante e pós-pandemia.

A leitura é tranquila e o conteúdo é bem embasado, gostemos ou não dos cenários apresentados e previstos por ele. Aliás, falando em gostar ou não, retomo a questão da autocrítica e do conservadorismo do mercado. Em uma passagem, Marcus cita a declaração de Stephen Hawking de que “inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança” e, então, afirma que a mudança (no mercado imobiliário) já aconteceu, o consumidor já mudou e que algumas empresas já mudaram, mas a grande maioria ainda não (pq. 203).

Nós, da View BIM, trabalhando e tendo contato constante com constrotores e projetistas, vemos isso claramente se refletindo na construção civil. Ainda há grande resistência às novas possibilidades tecnológicas e de processos, tanto por construtores e investidores que, via de regra, temem aumento de custos (o que não ocorre forma geral, mas é tema para outra discussão), quanto por projetistas que, mesmo admitindo necessidade, postergam a implementação do BIM em seus escritórios sob a alegação de “comodismo” ou “falta de tempo”.

A estes, um alerta: postergar a migração ao BIM por “excesso de demanda atual” pode levar, num futuro próximo, ao excesso de tempo devido à falta de demanda. Alguns clientes já estão sentindo os benefícios de se ter todos os projetos em BIM e mudando seus padrões de contratação, abrindo mão de projetistas até confiáveis, mas que não encaixam mais. Não encarem isso como prelúdio do fim dos tempos, mas como incentivo e convite a uma mudança positiva. Nossa equipe é composta por, antes de tudo, engenheiros e arquitetos!

Aos construtores e incorporadores, uma dica: acrescentar no seu planejamento e orçamento serviços como gerenciamento e compatibilização em BIM, bem como outras ferramentas (levantamento por núvem de pontos), pode reduzir (e muito) os custos com desperdícios em obra, dores de cabeça e ainda possibilitar a antecipação de diversas tomadas de decisão, levando a processos de gestão e construção cada vez mais eficientes, muitas vezes, já nos estudos de viabilidade.

Há inúmeros assuntos e reflexões que podem ser mencionados nesse sentido a partir das provocações do livro (métodos construtivos, procedimentos ultrapassados em todas as fases do ciclo de vida dos empreendimentos, etc), mas não que cabem aqui. Então, por fim, fica novamente a sugestão do livro (que você pode comprar agora mesmo pela amazon: https://amzn.to/3KgXrW2) e o convite à reflexão dentro dos mundos de cada um.

Geovanni Machado Estradioto

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